Eu nasci já com cardiopatia congênita (TETRALOGIA DE FALLOT) e fiz duas cirurgias de correções, uma com 4 e a outra com 8 anos.
Aos 18 anos a equipe médica me informou que seria necessário fazer o transplante. Naquele momento pensei em desistir e jogar tudo pro alto e não tentar o transplante. Porém estaria sendo injusto com minha família que tanto fez para me salvar em todos esses anos que resolvi entrar para a fila de espera. Após entrar, aguardei apenas 2 meses. No dia 23 de maio de 2003 recebi a ligação de que teria que estar até as 6h da manhã no Instituto de Cardiologia pois o presente que recebi de Deus havia chegado.
A partir deste dia tudo mudou em minha vida. Voltei a ter atividade física e correr, tudo o que qualquer pessoa consegue fazer.
Fui perceber que estava 100% de saúde em uma tarde, quando joguei futebol e corri durante uma hora sem me cansar.
Claro que os cuidados permanecem, assim como a medicação e exames periódicos.
Após 6 anos anos de transplante resolvi fazer o curso técnico de enfermagem e trabalho agora no cardiologia.
Mas a mensagem que mais acho importante passar é que antes de minha família receber a notícia de que eu precisaria de um transplante minha mãe era contra a doação de órgãos. Então nessas horas a vida vem e nos ensina que um dia podemos precisar do próximo para salvar a vida do nosso filho ou até nossa própria vida.
Então sempre pense em que lado você pode estar um dia.
#Doeorgãos #1salva8